O Burnout é uma síndrome que pode levar a consequências sérias para a saúde do trabalhador e é importante entender se é possível reivindicar direitos trabalhistas em decorrência dessa condição.
Neste artigo, abordaremos a relação entre a Síndrome de Burnout e processos trabalhistas.
Vale lembrar que é fundamental consultar um advogado e obter o aval do médico especialista para comprovar que a síndrome foi causada por fatores decorrentes do trabalho.
O que é a Síndrome de Burnout
A Síndrome de Burnout, referida também como Síndrome do Esgotamento Profissional, é uma resposta ao estresse crônico que pode ser causada por fatores como o excesso de tarefas, pressão por resultados, falta de reconhecimento e conflitos interpessoais.
Em inglês, “Burnout” se refere ao momento em que a pessoa já passou por uma “combustão” completa, no sentido figurativo da palavra. Imagine uma vela que já queimou todo seu combustível, com dificuldade de manter a chama acesa.
Os sintomas incluem esgotamento físico, irritabilidade, desânimo, insônia, problemas de concentração e, em casos mais graves, depressão e ansiedade.
Burnout e a legislação trabalhista
A legislação trabalhista brasileira considera que qualquer doença adquirida em decorrência das condições do ambiente trabalho pode ser classificada como doença do trabalho, ou ocupacional, o que inclui a Síndrome de Burnout.
A classificação de doença ocupacional permite ao trabalhador a possibilidade de reivindicar direitos como afastamento remunerado e, em casos mais graves, até mesmo indenizações por danos morais e materiais.
Como comprovar a relação entre Burnout e o ambiente de trabalho
Para ingressar com um processo trabalhista relacionado à Síndrome de Burnout, é fundamental comprovar a relação entre a doença e o trabalho.
Nesse sentido, é indispensável contar com o apoio de um médico especialista (psiquiatra), que possa atestar a ocorrência da síndrome e sua relação com o trabalho.
Além disso, é importante reunir provas que demonstrem as condições de trabalho e possíveis fatores de estresse, como registros de horas extras, e-mails e documentos que comprovem a pressão por resultados, e testemunhos de colegas de trabalho que possam corroborar a situação vivida pelo trabalhador.
Mas o mais importante é o aval de um médico especialista em psiquiatria que comprove essa relação.
Consulte um advogado
Caso você acredite que está sofrendo de Burnout devido às condições do seu ambiente de trabalho, é crucial procurar o apoio de um advogado trabalhista.
Esse profissional será capaz de orientá-lo sobre seus direitos e as etapas necessárias para ingressar com um processo trabalhista.
A Síndrome de Burnout pode ter consequências graves para a saúde e a qualidade de vida do trabalhador.
Por isso, é essencial estar atento aos sinais e buscar ajuda profissional, tanto médica quanto jurídica, caso suspeite que essa condição esteja relacionada ao seu ambiente de trabalho.
Lembre-se de que é indispensável consultar um advogado e contar com o aval do médico especialista para comprovar a relação entre a síndrome e o trabalho